14N GREVE GERAL

14N GREVE GERAL

Hoje é um dia extremamente simbólico para realizar a primeira postagem da retomada deste blog: boa parte dos trabalhadores da Europa estão em greve geral ou realizando manifestações para resistir aos ataques do Capital! Com a crise desencadeada pela especulação financeira nos países da zona do Euro, a burguesia européia, por meio do Troika (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Européia), impõe às classes exploradas da Europa o pagamento das dívidas bilionárias geradas pela especulação desenfreada dos grandes bancos. São os trabalhadores e trabalhadoras da Europa que são punidos pela burguesia, que impõe a redução de direitos trabalhistas e cortes na educação e saúde pública através dos Estados europeus. As classes exploradas da Europa, face à níveis de desemprego sem precedentes após o fim da Segunda Guerra Mundial gerados por esta crise do Capital que põe em cheque direitos conquistados através de quase dois séculos de luta organizada do proletariado, não assistem passivamente à estes ataques à seus direitos. Pela primeira vez no século XXI, presenciamos a solidariedade de classe do proletariado com uma greve geral que ultrapassa as fronteiras de um único Estado. Grécia, Portugal e Espanha estão em plena greve geral, e na Itália foi decretada uma greve geral de 4 horas, com uma série de manifestações em apoio não só na Europa, mas em diversos países e em outros continentes. O internacionalismo volta à surgir com força nos movimentos operários da Europa, e a luta do proletariado, perante o sucateamento de seus direitos, caminha cada vez mais para uma radicalização maior. Os grandes e tradicionais partidos de "esquerda" da Europa, comprometidos com a gestão dos interesses do Capital, vem perdendo cada vez mais a legitimidade perante o proletariado que diz representar. Os limites da democracia burguesa se tornam mais evidentes, e as classes exploradas da Europa, à exemplo da Grécia e Espanha, começam à se dar conta que sem a mobilização popular e ação direta os Estados burgueses não vão recuar em seus ataques. São tempos incertos na Europa. Nossa única certeza é que a luta de classes se radicaliza na Europa, tanto do lado da burguesia quanto do lado das classes exploradas. A máscara da "esquerda" vestida pela burguesia, através dos tradicionais partidos de esquerda que disputam eleições burguesas, começa à ruir. As classes exploradas da Europa se vêm diante de uma encruzilhada: radicalizar a luta ou aceitar a derrota. O caminho parece evidente...